Senhores Acadêmicos, por favor!

Por favor
Tanto penso que minha cabeça já nada entende
O saber científico exige e demanda
Tenho cara de choro, é o que afirmam
Trancada nessa casa, sem ver a luz do dia, há dias
Poderia haver mais drama?
Café, solúvel, insolúvel, impresso, expresso
Acho que confundo os textos com os líquidos
Tudo já está uma massa amorfa
Mas o texto caminha, não desisto
Insito, sou insistente
Gelatinosa já está minha cabeça
Mas não perco a sensatez
Brinco no limiar
Como numa gangorra
De peso tão leve
Que se o contra peso não me segura sou capaz de voando sair
Creio que voar não seria má idéia
Só que agora não posso
Serei avaliada
Pelos Detentores do Saber Científico
"Você mocinha? É você mesmo, aí!
Essa magrelinha de cabelo curto, meio esquisitinha
Trabalha ou estuda? "
"Meu querido senhor, ou senhora! Posso colocar meus óculos para parecer mais séria...
Quantas vezes tenho que afirmar!!! Meus estudos são o meu trabalho! É o que faço de minha vida! É que muito a sério os levo!!!"
Agora por favor, tenho que tentar convencer o Sr. Parecerista do mesmo!
Por isso volto, concentradamente, a minha torre auto-construída de livros

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