São os círculos do espetáculo que encantam Sofia

Se é verdade que se morre para virar outra pessoa, ou pessoa nenhuma, então quantas mortes minhas já não vivi. E quantas mais não presenciei daqueles com quem convivo? Quantas juntam-se, quantas esvaem-se.
Umas pesam nos ombros, outras jazem aliviadas em suas covas.
Já fui palco, fui platéia.
Uns, convidados ao espetáculo, vaiaram a cena principal, outros, enxeridos, jamais deixaram de admirar.
Sinceramente, matei-me tantas vezes para no momento presente sentir um tisco de orgulho do que penso ser.
Dizem que cada passagem da vida é dolorida como a morte, no corpo eu sinto: uma pessoa precisa morrer para outra florescer no lugar.

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