Sempre, Woody

Trocaram olhares.
Tomaram uns drinques.
Desceram-dançaram.
O som explodia. Grudados no canto, gargantas gritavam:
- Woody Allen é o cara!
- Nunca assisti.
- Nunca?
- Quando criança, meu pai me deixava ver de madrugada.
Despediram-se um mês depois, sem ela haver assistido aos tais filmes de Allen. Ele não se conformava. Os da infância não contavam, já nem se lembrava mais.


Um ano depois, acabava de assitir ao último filme do Woody. Não tinha remédio, haviam lhe avisado: depois da primeira dose, vicia.
Em casa, o telefone tocou.

- Acabei de ver o Woody no cinema.
- É bom?
- O cara simplesmente me fez reacreditar no amor.
- No amor? Mas ele é um irônico!
- Você também pode assistir Sex and the City!

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