Fim de festa

Quando a festa acaba, é hora de arrumar a bagunça e começar de novo.
Sou eu assim. Com as feridas expostas, as unhas roídas, tendo que caminhar.
Aquelas feitas por mim, pelo mundo. Por eu estar no mundo.
Seremos sempre assim, caminhando juntos, às vezes lado a lado, noutras em descompasso.
Junto o meu fracasso e sigo reto.
Gostaria de não olhar pra trás. Posso te falar que não olho. Estaria mentindo. Olho muito. Demais. Muito mais do que gostaria.
Difícil é olhar para dentro. Para o que se é. Não para o que se gostaria de ser. Mas para o que nos tornamos, o que somos. E podemos, sabemos que sim, ignorar por tempos. Curto, médio ou logo o prazo.
O dia chega.

Comentários

Anônimo disse…
É, muito mais fácil olharmos para o que nos transformamos, com tanta contaminação social. E realmente, quando tentamos olhar muito para dentro, acabamos não gostanto, aí sim, tentamos olhar para o que gostaríamos de ser.
Gostei do que escreveste. Como sempre!

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