¿É de cabeça para baixo?

Em algumas vezes quero ir
Noutras ficar
Nem eu mesma já me entendo
Passou tanta coisa, sem mesmo nada ter passado
É o passado tirando conclusões, deixando-me sem dormir
Perdi a inspiração, tranco a respiração
Antes mais que nada escute, ela se estanca só
Às vezes é apenas o que escuto
Num ruído surdo que relampeja ante cada passo em falso
Meus conhecimentos são vagos
Não me agarro em nada
Sinto que nada sei
Caminho em tijolos, flutuantes em um rio
Que corre para lado algum, para qualquer lado
A diferença soa indiferença
Percorrem estalos revolvendo em ondas perambulantes
Não cessam
Há algo querendo fugir
Encontrar um lado que as cores já também não me dizem
Rodeia um cheiro raro de perfume
Contamina o ar
Penetra cada poro
Faz-se presente em cada olhar estranho
São os cheiros daquilo que não conhecem
De tudo que lhes parece irracional
Sim. Tenho tudo.
Sim. Tenho nada.
Não tente entender as minhas razões.
Nem sequer, em momento algum, tentei tirar do peito frase qualquer que em seu mundo fizesse sentido.
I’m senseless.
I like my sunglasses sometimes.
Minhas lágrimas correm, mais rápidas que minhas pernas; oxalá tivessem saído maiores, teriam chegado mais longe.

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