Em descoberta do seu (infindável) limite

A garganta fechou.
Por tudo aquilo que não pude dizer.
Por tudo mais que não pude fazer.
Percorreu meu corpo, formigando os dedos dos pés, passando pelo estômago, chegando a escapar pela cabeça em pontilhados preto e branco.
Forcei as narinas para deixar passar o ar, espesso demais.
A lamúria explodiu no limite, encontrando a própria fronteira de mim.
Nalguns momentos me deparo com um muro intransponível.
Quando volto a encontrá-lo, não passa de uma mureta.
Com o tempo, segue diminuindo, até que eu não mais a veja, mesmo que ainda a procure.
Sigo buscando, até deparar-me com tijolos, que me guiam a construir um novo muro, ou um novo caminho.

Comentários

Laura Cunha disse…
Adorei,
Ficou muito bonito e poético.
Foi você mesma que escreveu?
Adorei,
Beijos

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