Vida longa aos prazos

Queria sempre mais tempo.
Mais, sempre.
Nunca ficava pronto pois nunca estava bom.
O bom vinha de seus próprios parâmetros; dos outros, se era bom, se era ruim, tanto fazia.
O bom era seu. O seu bom.
Não precisava ser ótimo, tinha que ser bom. Bom, bom.
Pensava tanto no bom que passava a maior parte do tempo sentindo sua cabeça fazer bum, bum.
Não explodiu, a cabeça.
Sorte sua, sexta-feira expirou o prazo, ou ainda não estaria bom.

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